quarta-feira, 2 de junho de 2010

Coisas

As coisas são tantas. Tantas as coisas. Infinitas as coisas. A que nos agarramos. Ou melhor, que deixamos que nos agarrem. Alto lá! Isso é pouco. As coisas prendem-nos. Coisas. O telemóvel. O computador portátil. A Playstation. A Nespresso. O automóvel do ano zero quilómetros. As sapatilhas da moda. O relógio que marca o tempo. A roupa de marca. A máquina fotográfica digital. Os óculos de sol. Os copos de cristal que só se usam no Natal. Os talheres de prata que nunca serão usados. A aliança no dedo. O registo de propriedade... E vendo-me eu como uma prostitua barata às coisas. Que não me fazem falta alguma. Que me prendem ao chão e me impedem de voar. Que me roubam o tempo. Quem me distraem a mente. E eu que faço? Revolto-me? Corto as correntes das coisas que me amarram? Nem pensar! Deixo as coisas estar como estão. E escrevo este textinho de merda para me sentir melhor comigo mesmo....

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